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AERÓBIO E ANAERÓBIO
RESISTÊNCIA AERÓBIA

É uma qualidade física que permite a um atleta sustentar por um longo período uma atividade física relativamente realizada em condições aeróbicas, isto é, nos limites do equilíbrio fisiológico denominado "stead-state". (Metodologia do Treinamento Desportivo - Gomes Tubino 1979, p. 194)

RESISTÊNCIA ANAERÓBIA

É uma qualidade física que permite a um atleta sustentar, o maior tempo possível, uma atividade física em condições anaeróbicas, isto é numa situação de débito de oxigênio. (Metodologia do Treinamento Desportivo - Gomes Tubino 1979, p. 201)

METABOLISMO

Metabolismo é o caminho que o nosso corpo faz para produzir e utilizar energia. Nós temos basicamente duas formas para obtenção de energia: pelo metabolismo anaeróbio e pelo metabolismo aeróbio. Essas duas vias formam uma combinação de sistemas de energia que abastecem o combustível necessário para o exercício, de acordo com a duração do exercício e sua intensidade, determinando qual das vias será utilizada.

As contrações musculares ocorrem a partir da conversão de energia química estocada no corpo humano.

ATP (adenosina trifosfato) é a matéria-prima básica para o fornecimento de energia e encontra-se prontamente disponível para que os movimentos possam ocorrer, mas o problema é que seu estoque é bastante limitado.

O metabolismo humano desenvolveu outras formas de fabricar (ou ressintetizar) o ATP, por meio de três sistemas:

 

 

METABOLISMO ANAERÓBICO (Alático)

 

METABOLISMO ANAERÓBICO (Lático ou da Glicogenólise)

 

METABOLISMO AERÓBICO

 
Metabolismo Anaeróbio (Alático)

O caminho de energia ATP-CP (chamado de sistema creatina fosfato) fornece cerca de 10 segundos de energia, sendo usada para tiros curtos de exercício, como uma corrida de 100 metros rasos ou musculação. Este caminho não requer oxigênio para gerar ATP. Ele primeiro utiliza qualquer ATP armazenado no músculo (nos primeiros 2-3 segundos de exercício intenso) e, em seguida, ele usa a creatina fosfato (CP) para ressintetizar ATP até o CP acabar (dos 6-8 segundos). 

Metabolismo Anaeróbio (Lático ou da Glicogenólise)

É o processo químico e fisiológico que produz energia sem a utilização de oxigênio. São dois mecanismos que não utilizam oxigênio.

Metabolismo Aeróbio

No metabolismo aeróbico são sintetizadas moléculas de ATP necessárias para as atividades de longa duração. Ele usa o oxigênio para converter os nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), para ATP. Este sistema é um pouco mais lento do que os sistemas anaeróbios, dependendo do sistema circulatório para o transporte de oxigênio para os músculos para tal produção de energia. Utilizado principalmente durante exercícios de resistência, que é geralmente menos intensa e pode continuar por longos períodos de tempo.

 

Os ácidos graxos e o glicogênio são clivados formando substratos para o ciclo do oxalacetato. Os elétrons vão para a cadeia transportadora de elétrons e são ser captado por moléculas de oxigênio não mitocôndria. Esse processo é capaz de ressintetizar em média 36 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. Seu limiar é a quantidade de oxigênio transportado para as mitocôndrias.

 

Atividades físicas realizadas acima de 3 minutos, estão categorizadas como treinamento da aptidão aeróbia com exercícios específicos de modalidades (Ciclismo, corrida de fundista – maratonista, etc.). Predominância Aeróbio .

FONTES ENERGÉTICAS
GLICOSE

A glicose é a principal fonte de energia para os músculos. É armazenada no corpo na forma de glicogênio, que pode ser rapidamente convertido em ATP. A glicose também é obtida através da alimentação.

Triacilgliceróis

Os triacilgliceróis são uma forma de gordura armazenada no corpo. Eles podem ser quebrados em ácidos graxos e glicerol, que podem então ser utilizados para a produção de ATP.

ÁCIDO LÁTICO

O ácido lático é produzido pelos músculos, quando a demanda por energia é alta e o suprimento de oxigênio é insuficiente. O ácido lático pode ser utilizado para a produção de ATP, mas também pode causar fadiga muscular.

O ÁCIDO LÁTICO

A descoberta de que o ácido lático não era somente deixar a musculatura rígida e limitada ao trabalho ocorreu em 1906, pelo fisiologista alemão Otto Meyerhof.

Meyerhof estudou a produção de ácido lático em músculos de cães durante a atividade física. Ele observou que a produção de ácido lático aumentava com o aumento da intensidade da atividade física.

Meyerhof também observou que o ácido lático era reabsorvido pelos músculos após o término da atividade física. Ele sugeriu que o ácido lático poderia ser utilizado como fonte de energia para os músculos.

A descoberta de Meyerhof foi confirmada por outros pesquisadores nas décadas seguintes. Foi demonstrado que o ácido lático pode ser convertido em glicose no fígado, que pode então ser transportada para os músculos e utilizada para a produção de ATP.

A descoberta de Meyerhof teve um impacto significativo na compreensão do metabolismo muscular. Ela mostrou que o ácido lático não era um produto residual prejudicial, mas sim uma fonte de energia importante para os músculos.

A descoberta de Meyerhof também levou ao desenvolvimento de novos métodos de treinamento físico. Os atletas passaram a utilizar exercícios anaeróbicos para aumentar a capacidade de seus músculos de produzir e reabsorver ácido lático.

 

 

A conversão do ácido lático em ATP é um processo metabólico que ocorre em dois estágios:

Fase muscular

No primeiro estágio, o ácido lático é formado a partir da glicose, através do processo de glicólise. A glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico, mas, na ausência de oxigênio, o ácido pirúvico não pode ser oxidado completamente a CO2 e água. Em vez disso, ele é convertido em ácido lático, através da ação da enzima lactato desidrogenase (LDH).

A formação de ácido lático é um processo anaeróbio, ou seja, não requer oxigênio. É uma forma rápida de gerar ATP, mas produz apenas duas moléculas de ATP por molécula de glicose, em comparação com as 38 moléculas de ATP produzidas pela respiração celular aeróbia.

Fase hepática

O ácido lático formado nos músculos é transportado para o fígado, onde é convertido em glicose, através do processo de gliconeogênese. A gliconeogênese é um processo aeróbio, que requer oxigênio.

A conversão de ácido lático em glicose é um processo mais lento do que a formação de ácido lático, mas é mais eficiente em termos de produção de ATP. Por cada molécula de ácido lático, o fígado pode produzir até três moléculas de glicose, que podem ser utilizadas para gerar ATP ou armazenadas na forma de glicogênio.

A conversão do ácido lático em ATP é um processo importante para a manutenção da energia muscular durante o exercício físico intenso. Quando a demanda por oxigênio dos músculos excede a capacidade do corpo de fornecê-lo, os músculos passam a utilizar a glicólise anaeróbia para gerar ATP. O ácido lático formado é então transportado para o fígado, onde é convertido em glicose, que pode ser utilizada para repor as reservas de glicogênio dos músculos.

A conversão do ácido lático em ATP também é importante para a recuperação após o exercício físico. O ácido lático acumulado nos músculos após o exercício pode causar dor e fadiga. A conversão do ácido lático em glicose ajuda a reduzir os níveis de ácido lático nos músculos e a promover a recuperação muscular.

A conversão do ácido lático em ATP pode ser otimizada através de treinamento físico regular. O treinamento físico ajuda a melhorar a eficiência da glicólise anaeróbia e da gliconeogênese.

A conversão do ácido lático em ATP ocorre em duas etapas:

  1. Reabsorção do ácido lático pelo músculo: O ácido lático produzido no músculo durante a atividade física anaeróbia é transportado pelo sangue para o fígado, onde é reabsorvido.

  2. Gliconeogênese: No fígado, o ácido lático é convertido em glicose através do processo de gliconeogênese. A glicose é então transportada de volta para o músculo, onde é utilizada para a produção de ATP.

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A gliconeogênese é um processo que ocorre em várias etapas, catalisadas por enzimas específicas. As etapas iniciais da gliconeogênese são as mesmas da glicólise, mas a partir do ácido pirúvico, o processo segue um caminho diferente.

Na primeira etapa da gliconeogênese, o ácido pirúvico é convertido em fosfoenolpiruvato (PEP). Esta reação é catalisada pela enzima piruvato carboxilase.

Na segunda etapa, o PEP é convertido em glicose-6-fosfato. Esta reação é catalisada pela enzima fosfoenolpiruvato carboxiquinase.

Na terceira etapa, a glicose-6-fosfato é convertida em glicose-1-fosfato. Esta reação é catalisada pela enzima glicose-6-fosfatase.

Na quarta etapa, a glicose-1-fosfato é convertida em glicose. Esta reação é catalisada pela enzima glicose-1-fosfato urididiltransferase.

A gliconeogênese é um processo que requer energia, sendo necessária a utilização de quatro moléculas de ATP para cada molécula de glicose produzida. No entanto, a produção de ATP pela gliconeogênese é ainda assim mais eficiente do que a produção de ATP pela fermentação láctica, pois a glicose pode ser utilizada para a produção de ATP através da respiração celular aeróbia.

A conversão do ácido lático em ATP é importante para a recuperação dos músculos após a atividade física anaeróbia. O ácido lático acumulado nos músculos pode causar fadiga e dor muscular. A reabsorção do ácido lático e sua conversão em ATP permitem que os músculos recuperem a sua energia e funcionem normalmente novamente.

Apesar de dividirmos no âmbito didático os sistemas energéticos, atuam de forma totalmente integrada no ciclismo, já no início da atividade, esses três sistemas (ou vias metabólicas) são ativados em conjunto, porém com diferentes níveis de requisição, dependendo da intensidade do esforço.

Algumas partes da postagem compilada do professor Henrique de Freitas Antonio.

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